O que nos move

Propósito é a razão porque fazemos qualquer coisa; é a força motora da nossa acção. Por isso gostaria de partilhar convosco a razão de ser dos ‘Gastronautas‘.

O nosso propósito é fazer alguma coisa de útil e relevante. E no processo conseguir sobreviver e ser pontualmente felizes ao fazê-lo.

Porque é útil falar sobre a Cultura Gastronómica de Portugal? Acreditamos que um país só sobrevive no longo prazo se tiver uma identidade inequívoca e forte. Sabemos que as forças da homogeneização vêm na nossa direção porque nos tornamos populares, simpáticos e até sexy para uma boa parte do Mundo. Portugal is cool. E ainda bem. Venham muitos de fora para enriquecer o nosso país com trabalho, ideias, ou simplesmente beber vinho. O que receamos é perder a identidade, aquilo que nos faz distintos – até dos nossos queridos vizinhos de Espanha. Queremos dar o nosso pequeno contributo para, por um lado, defender com unhas e dentes a nossa herança gastronómica ajudando-a a sobreviver, por outro queremos que o resto do Mundo a conheça e respeite, porque isso também ajuda a garantir a sua sobrevivência a longo prazo.

No vídeo em cima: Luís Neves e Filipe Gill a almoçar filetes de pescada com arroz e salada nos ‘Courenses’ em Lisboa. Parece simples, mas não é: estes valentes ’Courenses’ fazem e servem comida do melhor que se faz no Mundo de forma contínua há décadas.

Queremos que esta, como centenas de outras anónimas ‘casas’ de restauração – Restaurantes, Tascas, Adegas, Casas de Pasto, Cervejarias – se mantenham vivas e de boa saúde por muitos e bons anos e não fechem para dar lugar a mais um franchise de pizzas. Este é o nosso propósito: dar um pequeno contributo para a saúde e longevidade da nossa cultura.

Nota: para quem não sabe, ‘Courenses’ são as pessoas naturais de Paredes de Coura, no Minho. O Minho, Trás-os-Montes e as Beiras são responsáveis por fornecer a maior parte dos ‘restauradores’ de Lisboa. Verdadeiros heróis e heroínas anónimos que dão o seu valioso contributo para preservar a nossa identidade cultural. Bem hajam!

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Keith Floyd